segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Consumo & Consumismo:




Quando alguém compra uma bolsa Louis Vuitton, ou um tenis Adidas, ou ainda uma televisão LG 48 polegadas com tela plana e um aparelho de DVD Blue Ray de última geração ou um aparente exclusivamente meio de locomoção, na verdade leva para a casa ou deixa na garagem um símbolo. Isto é, expressa um estilo de vida, um modo de enxergar o mundo e diferenciar e distinguir e se afirmar uma pessoa da outra ou grupos de outras formações sociais, calibrando positivamente ou negativamente as escolhas.


Já parou para pensar o que representa um carro, além de te levar da casa ao trabalho ou para uma viagem pelo litoral? É o simbolismo do individualismo e espírito de liberdade defendido pela modernidade, bem como um objeto que seduz, dá prazer, concede status, poder e desperta a ambição dos indivíduos. Tanto que o escritor italiano Luigi Pirandello  chegou a dizer que o fruto da engenhosidade da raça humana é na verdade criação do diabo.


Na visão do filosofo francês Baudrillard, o carro é onde é possível discernir com mais facilidade o conluio entre o nosso sistema subjetivo de necessidades e o sistema objetivo da produção. "O carro revela o objeto (...) a apresentação abstrata de qualquer finalidade no sentido de velocidade e prestígio, conotação formal, técnica conotação, diferenciação, catexia emocional, e projeção de fantasia", escreve. O homem se incorporando a uma máquina, o mito grego do Ceentauro atualizado e revisado.



Iago         numero-21

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